sábado, 8 de maio de 2010

Sem saber porquê


ás vezes tudo se desfaz por entre os dedos e assistes á perda irrecuperável: tudo se desfaz em gritos, insultos e estalos, tudo se perde no ar que fica pesado com chumbo e no absurdo, percebes que está tudo perdido, que as palavras e os gestos te atraiçoaram para sempre, que preferes morrer do que enfrentar a realidade por ti criada, alimentada pelos teus medos e dúvidas, os sonhos estatelaram-se como copos que atiraste á parede e se desfizeram em mil cacos.
E o tempo, o tempo continua a perseguir-te com o vazio de um dia igual ao outro e outro e outro e tu só queres desistir, dormir, perder o juízo e voltar ao momento anterior á dor, mas é tarde é sempre demasiado tarde para voltar atrás...

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